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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CONSTRUINDO O MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA
PROJETO

Tema: África de todos nós
Lema: Educação, ética e etnia – as bases da cidadania.
Duração: um mês.
Característica: Projeto interdisciplinar, envolvendo História, Língua Portuguesa e Geografia.

Objetivos:
  • Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros, na escola e na sociedade;
  • Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
  • Desmitificar a origem dos “voduns” e orixás;
  • Trazer á tona, discussões provocantes, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos;
  • Utilizar recursos visuais da cultura afro e criar, a partir de experimentações visuais e textuais, atualizando-os de acordo com a modernidade.

Metodologia:
  • Utilização do livro didático  “O jogo da História”, volume 02, 6ª série, da editora Moderna  ( pode ser adaptado a todas as séries);
  • Estudo de alguns artigos da Declaração  Universal dos Direitos Humanos;
  • Exibição de vídeos (filmes e documentários): *Navio negreiro na rota dos Orixás”, do Ministério da Educação; “Vista minha pele”, CEERT; “Chico rei”,  Globo Vídeo;
  • Análise dos poemas de Carolina Maria de Jesus: literatura feminina negra – “Quarto de despejo”, da editora Ática;
  • Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos (excertos) da atualidade;
  • Audição, análise e ilustração de músicas de compositores atuais e antigos, como por exemplo: “O canto dos escravos”, por Clementina de Jesus; “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, pelo grupo O Rappa; “O canto da cidade, por Daniela Mercury; “Missa de quilombos” (é o mais difícil de se encontrar, mas dá para adquirir pela Internet), por Milton Nascimento;
  • Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Jean-Baptiste Debret etc.

Atividades:
  • Leitura e análise de alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, fazendo uma comparação entre o antes e o depois do tráfico negreiro e a escravidão no Brasil;
  • Verificação dos aspectos históricos e geográficos das linhagens vindas da África para o Brasil e também os das que percorreram  o caminho inverso;
  • Estudos dos poemas e das músicas, fazendo releituras e transformando-os em ilustrações pedagógicas para uma mostra cultural;
  • Desmitificar os orixás e voduns, empregando ilustrações comparativas com as de santos de outras religiões;
  • Fazer pesquisa de campo em áreas remanescentes de quilombos, existentes na região ou próximas a ela;
  • Realizar pesquisas bibliográficas sobre personagens negros, de ficção e não ficção; sobre alimentação típica, doenças etc.;
  • Confeccionar cartazes com fotos, montagens de vídeos, reportagens, cds etc.;
  • Realizar brincadeiras e jogos infantis;
  • Elaborar gráficos comparativos entre o Brasil e a África, envolvendo aspectos como a alimentação típica, a ocorrência de doenças etc.

Resultados esperados:
  • Apropriação de diversos saberes, além da conscientização sobre temas relevantes como legislação, tolerância, direitos e deveres etc.;
  • Desenvolvimento de valores – conceitos e procedimentos;
  • Apropriação de novas aprendizagens, a partir de reflexões e esclarecimentos sobre outras culturas.


A identidade da criança negra

     O trabalho de educação anti-racista deve começar cedo. Na educação Infantil, o primeiro desafio é o entendimento da identidade. A criança negra precisa se ver como negra, aprender a respeitar a imagem que tem de si mesmo e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, deve ser cuidadosa a seleção de livros didáticos e de literatura que tenham famílias negras. Se a linguagem do corpo é especialmente destacada nas séries iniciais, por que não apresentar danças africanas, jogos como capoeira e músicas, como samba e maracatu ? Em artes, pode-se trabalhar com máscaras africanas, um dos eixos de ser negro e desmistificar  estereótipos da África. Os alunos podem pesquisar curiosidades como, por exemplo, a cultura da Nigéria; podem ainda questionar a realidade do negro no Brasil, partindo das imagens de Jean-Baptiste Debret (1768-1848). Tudo deve ser um contraponto, pois há muita violência contra a criança negra, mas o projeto visa à alegria e à majestade da cultura africana, tudo como deve ser, sem constrangimentos nem equívocos  (revista Nova Escola -  ed.Nov.2004).


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